MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA!

16/01/2010 *... O único crime foi a criadagem fazer uso das jóias da nobreza!


* ... Anthony Van Dyke que fez de canvas um estilo de vida e um modo de pensar, compartilhou com alguém a arte de fazer real, por ciência u arte, aquilo que lhe vinha ao olhos. O grande problema é que agora não sei se sou a criada ou se sou mesmo Van Dyke!

* ... Não devo ser da criadagem pudica, coberta por seus lindos gorrinhos brancos, por que, de fato, gosto de mostarr os cabelos. Devo ser eu assim quase artística, por que levo uma vida dedicada a arte. Tudo para mim é sombra e luz, cor e ausência. As interpretações vem de todos os lados e acabo eu mesma malafamada por ser tão da arte, tão bohemia. Mas não sou leviana, minha alma só parece, por que ela mesma anseia aprender tudo que puder enquanto o relógio de areia não se esgota.

* ... E a criada continua com suas vestes, coberta e pura como se fosse EU fazer algum mal. Como poderia eu tão miserável lhe fazer mal se não há de longe alguém que eu mais ame? Como posso eu saber oque ela pensa de mim se ela mal mexe os lábios? Se eu fosse de algo sobrenatural poderia até ler seus pensamentos,mas não posso.

* ... Acho que acabo de descobrir a identidade da bela criada pudica em vida real. Seria um criado. Um belo criado de olhos translúcidos.

* ... Só que nessa história é o criado quem possui uma mulher tirana, que lhe esmaga o restolho de coração que ainda lhe cabe no peito. O que se observa é que o amor não é tirano, não é malvado e nem obscuro. O amor é tão leve e tão puro. Tão singelo e desinteressado. Que poderia eu (como posso e faço) reservar a ÚNICA PERGUNTA que tenho como base à fazer para encontrar meu PAR IDEAL. Essa pergunta cabe somente a você saber. E quero eu um dia fazê-la, se possível. Só espero eu, não ficar com um par de brincos de pérolas verdadeiras envoltas em tafetá amarelo e azul no lugar do coração do belo criado dos olhos translúcidos, do aroma impregnante, da voz envolvente e da pureza da criada entitulada MOÇA COM BRINCO DE PÉROLA.

Texto dono de memórias antigas, porém, memórias são memórias. Não é mesmo?

LOVE
PaRiS
xoxoxo